O divórcio costuma ter um impacto significativo nas finanças pessoais. Reorganizar as despesas, reconstruir o crédito, quitar dívidas e enfrentar a diminuição da renda são desafios comuns que muitos casais divorciados enfrentam, especialmente quando há filhos envolvidos.
Neste artigo, compartilharemos cinco dicas valiosas para ajudar você a lidar com o estresse financeiro após o divórcio, minimizando discussões e construindo uma base sólida para o seu futuro financeiro.
1. Encare a Realidade Financeira de Frente:
O primeiro passo para lidar com o estresse financeiro após o divórcio é encarar a realidade de forma honesta. Avalie sua nova situação financeira, incluindo renda, patrimônio, despesas e até dívidas ou financiamentos. Seja realista sobre o que é possível pagar e evite decisões financeiras impulsivas. O enfrentamento dos fatos permitirá que você estabeleça metas financeiras realistas e crie um plano de ação para atingi-las.
Exemplo: faça uma lista detalhada de todas as suas despesas mensais essenciais, como aluguel, alimentação, educação dos filhos e serviços básicos. Compare-a com sua nova realidade após o divórcio para identificar áreas em que é possível reduzir gastos e encontrar margem para economizar.
2. Divida as Responsabilidades Financeiras:
Se você tem filhos , é crucial manter uma comunicação aberta sobre as responsabilidades financeiras, que podem ser compartilhadas. Ambos os pais devem participar do planejamento financeiro das crianças e se comprometer com o bem-estar delas. Os acordos (e sentenças) de divórcio estabelecem como as despesas relacionadas aos filhos serão divididas e pagas. Isso ajuda a evitar conflitos futuros e garante que as necessidades dos filhos sejam atendidas adequadamente.
Exemplo: faça conversas com o/a ex para tratar especificamente de despesas que surgem e geram dúvidas sobre quem assumirá. De preferência, utilize o app Os Nossos para acompanhar despesas compartilhadas e garantir transparência em relação aos pagamentos.
3. Priorize o Pagamento de Dívidas:
Em geral, o pagamento de dívidas é uma das principais fontes de estresse financeiro. Neste caso, priorize a quitação das dívidas com juros mais altos primeiro, enquanto mantém os pagamentos mínimos em outras dívidas. Se possível, procure consolidar suas dívidas em um empréstimo com uma taxa de juros mais baixa, o que simplificará seu gerenciamento financeiro e reduzirá os custos a longo prazo.
Exemplo: suponha que você tenha duas dívidas: cartão de crédito com juros altos, empréstimo estudantil com juros moderados. Concentre-se em pagar o cartão de crédito primeiro, fazendo pagamentos extras sempre que possível, enquanto continua cumprindo as obrigações mínimas das outras dívidas.
4. Estabeleça um Orçamento Realista:
Um orçamento é uma ferramenta poderosa para gerenciar suas finanças após o divórcio. Analise suas despesas e identifique áreas em que é possível reduzir gastos. Crie um orçamento realista que leve em consideração suas novas circunstâncias financeiras. Certifique-se de incluir uma quantia para economizar e enfrentar despesas inesperadas.
Exemplo: crie uma planilha de orçamento mensal e categorize suas despesas em essencial (como moradia e alimentação), prioritário (como educação dos filhos) e não essencial (como viagem de férias). Determine limites para cada categoria e comprometa-se a segui-los.
05. Não deixe que suas emoções controlem suas decisões:
Se você divide as propriedades e bens adquiridos durante o casamento, evite tomar decisões precipitadas baseadas em ressentimento ou vingança. Em vez disso, busque aconselhamento jurídico e financeiro adequado para ajudá-lo a tomar decisões melhores. Considere fatores como o valor dos ativos, o impacto fiscal, as implicações a longo prazo e os melhores interesses de todos os envolvidos, especialmente se houver filhos.
Exemplo: vamos supor que você e seu ex-cônjuge compartilham bens adquiridos durante o casamento, incluindo uma casa. Apesar de sentir ressentimento pelo divórcio, você reconhece a importância de tomar decisões financeiras racionais. Em vez de agir impulsivamente, você decide buscar aconselhamento jurídico e financeiro especializado.
Durante a consulta, o profissional destaca que vender a casa pode ser a melhor opção para ambos. No entanto, você está tentado a mantê-la como uma forma de “vencer” a situação. Ao considerar o conselho do especialista, você avalia cuidadosamente os fatores relevantes, como o valor atual do imóvel, as despesas associadas à manutenção, a capacidade de assumir a hipoteca sozinho(a) e o impacto fiscal de uma possível venda.
Apesar das emoções conflitantes, você opta por seguir uma abordagem racional. Você chega à conclusão de que vender a casa é a escolha mais sensata, pois proporcionará liquidez financeira e a oportunidade de começar uma nova vida com recursos mais equilibrados. Além disso, você reconhece que essa decisão beneficiará tanto você quanto seus filhos a longo prazo, oferecendo estabilidade financeira e a possibilidade de investir em um novo lar adequado às novas circunstâncias.
Para concluir:
Em alguns momentos, pode parecer difícil sair desse “mar” de complicações, mas, acredite, logo você consegue, mas não se iluda, o divórcio resulta em diferentes sacrifícios, inclusive financeiros.
“Casar, do ponto de vista econômico, é o pior investimento que alguém pode fazer. Só perde para a separação. O que entra numa casa precisa ser dividido por dois.
Não tem matemática que transforme isso num bom negócio.
O casamento não é um projeto de vida em condomínio. Como qualquer aplicação de altíssimo risco, não tem seguro que cubra o seu fim”.
Andréa Pachá.
Lembre-se de que cada passo dado em direção à estabilidade financeira é um investimento em sua paz de espírito e bem-estar. Com determinação e um plano adequado, você pode superar o estresse financeiro e criar um futuro próspero para si mesmo após o divórcio.
E, para dividir e negociar as despesas relacionadas ao cuidado compartilhado dos filhos, recomendamos que utilize as ferramentas do app “Os Nossos”. Clique aqui para baixar.
Para ajudar ainda mais na organização financeira, ouça também o episódio do podcast Os Nossos “Pensão Alimentícia”
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